Os 5 bairros lisboetas menos conhecidos para explorar
Esqueça por momentos os guias turísticos de Lisboa e parta à descoberta dos bairros mais esquecidos da cidade. Aventure-se por ruas estreitas e pouco movimentadas e descubra museus requintados, galerias de arte em armazéns abandonados ou palácios que escondem colecções de porcelanas Ming.
Para além dos encantadores bairros de Campo de Ourique e da Mouraria, onde vos levamos a descobri-los através da comida, sugerimos-lhe mais cinco para explorar:
Madragoa – O bairro:
Ainda pouco turístico, este bairro popular junto à foz do Tejo mistura o tradicional com o contemporâneo. No passado, a proximidade com o rio atraiu indivíduos ligados às actividades marítimas, como pescadores e varinas, que deram vida ao bairro.
O que fazer:
Embaixada de França, antigo Palácio de Santos – Chegou a ser residência real nos séculos XV e XVI. Destaque para a Sala da Música, que impressiona pelos espelhos e mobiliário, ou a Casa das Porcelanas e o seu tecto em forma de pirâmide que deslumbra qualquer um graças à valiosa colecção de porcelanas Ming, com 261 pratos, muitos deles raros, dos séculos XVI e XVII.
Museu da Marioneta – Com um espólio constituído por mais de mil peças, esta é uma oportunidade de observar marionetas de todos os tipos de técnicas de manipulação e máscaras provenientes de várias culturas e várias partes do mundo.
Onde comer:
MÔ Petiscaria – Um pequeno restaurante onde se pode saborear bom marisco à maneira algarvia, e muitos outros petiscos desta região no sul de Portugal.
Alcântara – O bairro:
O nome deriva do árabe al-qantara, que significa ponte, usada para atravessar uma ribeira neste local. Nos últimos anos tornou-se um pólo de atracção pela instalação da LX Factory, um pólo de empresas de jovens empreendedores, que revitalizou uma zona um pouco esquecida da cidade.
O que fazer:
LX Factory – Melting pot de pequenas empresas de jovens empreendedores, tornou-se num dos locais mais criativos da cidade. Tem restaurantes, cafés, lojas e uma das livrarias mais bonitas da cidade – Ler Devagar – e grafittis espalhados pelas paredes dos edifícios.
Museu da Carris – Se é fã dos eléctricos que sobem e descem as colinas de Lisboa não pode deixar de fazer uma visita ao Museu da Carris para conhecer a história destes meios de transporte da cidade.
Onde comer:
Alcântara 50 – Taberna gourmet onde pode provar os típicos pratos portugueses – peixinhos da horta ou açorda de bacalhau, num ambiente típico, mas ao mesmo tempo requintado.
Arroios – A freguesia:
A extensa freguesia de Arroios, que resulta da junção das antigas freguesias dos Anjos, Pena e São Jorge de Arroios, engloba a Colina de Santana, uma das zonas mais esquecidas da cidade, mas cujos planos de revitalização podem torna-la na ‘the next big thing’.
O que fazer:
Fábrica de Cerâmica Viúva Lamego – Um dos atrativos da cidade de Lisboa são as fachadas cobertas de azulejos de todas as cores, que emprestam um colorido característico à cidade. Se é fã de azulejos não pode deixar de visitar o prédio forrado a azulejos no Largo do Intendente, onde antes se localizavou a primeira fábrica fundada em 1849 e que cria peças únicas, utilizando métodos artesanais. Entre e visite tudo o que de bonito e bom se faz em Portugal e que é vendido pela Vida Portuguesa, loja que agora dá nova vida ao espaço.
Onde comer:
O Cerqueira – Este é um daqueles restaurantes onde apetece ir sempre que temos saudades de comida caseira. O ambiente é modesto, mas a simpatia do Sr. Cerqueira e os preços justificam por si só uma aventura pela Colina de Santana. Destaque para o arroz de polvo e a dobrada à portuguesa.
Marvila – O bairro:
Uma das zonas mais esquecida e menos turística da cidade tem vindo a chamar a atenção de jovens artistas pelos gigantescos armazéns deixados ao abandono. As rendas mais baixas chamaram a atenção de arquitectos, designers e produtores que prometem fazer desta zona uma Brooklyn lisboeta.
O que fazer:
Convento de São Francisco de Xabregas/ Convento de Santa Maria de Jesus – Fundado em 1456, sob as ruínas do antigo Palácio de Xabregas, foi entregue aos frades franciscanos, sendo que ficou conhecido por Convento de S. Francisco de Xabregas. A extinção das ordens religiosas ditou a sua profanação, perdendo-se o valioso recheio, a que se seguiram várias ocupações, chegando a servir de quartel de exército, fábrica de tecidos ou armazém de tabacos. Em 1980, na antiga igreja barroca, foi instalado o Teatro Ibérico.
Fábrica Braço de Prata – Ninguém sabe muito bem o que é a Fábrica ou o que se vai passar neste que é um dos pólos culturais mais criativos da cidade. De edifício abandonado transformou-se numa galeria de arte/sala de concertos/estúdio de cinema/atelier de artes plásticas onde tudo pode acontecer. Tem salas de jantar, bar e livraria.
Onde comer:
Entra Restaurante – Venham, entrem e sentem-se à mesa, nós tratamos do resto. Este é o lema de um restaurante de cozinha portuguesa com um toque de sofisticação, com pratos especiais do dia, escolhidos a dedo no mercado. Ideal para petiscar uns calamares ou beber uma cerveja ao final do dia.
Campolide – O bairro:
Na Idade Média foi terra de bons vinhos e boa terra de cultivo, existindo na zona várias quintas. Nos anos 80, o bairro ficou marcado pela construção das Torres das Amoreiras, um complexo de edifícios projetados pelo arquitecto Tomás Taveira que trouxe um centro comercial para o centro da cidade.
O que fazer:
Aqueduto das águas livres – É um dos bilhetes-postais de Lisboa. Este sistema de distribuição de água à cidade pode ser visitado a partir da sua entrada, em Campolide, e é possível visitar a arcaria em cantaria domina o vale de Alcântara. O aqueduto tem origem na nascente das Águas Livres, em Belas (Sintra) e resistiu ao Terramoto de 1755.
Onde comer:
A Valenciana – Famoso pelos grelhados no carvão e pelo frango no churrasco, é uma boa opção para quem quer provar sabores tradicionais portugueses.