Bolo-Rei: a tradição gastronómica que encerra as celebrações natalícias
Este doce dos mais apreciados do Natal é redondo, em forma de coroa, tem um grande buraco no meio, uma massa fofa com frutos secos e fruta cristalizada. Eis os ingredientes do Bolo-Rei, um bolo típico que se come tradicionalmente entre o Natal e o Dia de Reis e cujo nome remete aos três reis magos.
Segundo a lenda, este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus pelo seu nascimento: a côdea simbolizava o ouro, as frutas cristalizadas a mirra e o aroma do bolo o incenso.
Segundo a tradição, o interior tinha uma fava seca e um brinde que começou por ser uma moeda de ouro. Quem encontrasse a fatia com a fava teria de pagar o próximo bolo-rei, enquanto o brinde era sinal de sorte. Com o passar dos tempos, e devido ao risco de trincar um pedaço de metal, hoje em dia os bolos já não incluem brinde, nem tão pouco a fava, mas comer uma fatia de bolo-rei é obrigatório ao longo de Dezembro até ao Dia dos Reis, a 6 de Janeiro.
Em Lisboa é muito fácil encontrar pastelarias que vendem bolo-rei, mas aquela que tem mais fama de vender um bolo-rei de excelência é a Confeitaria Nacional, na Praça da Figueira, que se orgulha de ter sido a primeira a vender o bolo-rei, em 1870.
A receita, um segredo bem guardado, foi inventada pelo filho do fundador em meados do século XIX, inspirada na francesa Gallete de Rois. A fama é tal que durante a época natalícia é frequente haver fila para comprar o famoso bolo-rei!
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