As melhores tascas contemporâneas de Lisboa

Se já acompanha o nosso trabalho há algum tempo, sabe que na Taste of Lisboa adoramos tascas. As tascas são tabernas típicas portuguesas, restaurantes simples que servem comida tradicional que costuma ser bastante representativa do nosso estilo de cozinha caseiro. Quando se vai a uma boa tasca, por vezes também conhecida como tasco ou taberna, sabe-se que, à partida, se vai comer bem (tanto a nível de sabor como de quantidade!) e a um preço bastante amigável.

Com o aumento da gentrificação a que assistimos em Lisboa, a par das influências internacionais que se fazem sentir cada vez mais na gastronomia local, temos vindo a observar algumas mudanças nas tascas lisboetas. Por um lado, é cada vez mais difícil as antigas tabernas sobreviverem na baixa lisboeta, já que os preços de aluguer aumentaram tanto que muitas vezes os locais acabam por ser ocupados por cadeias de restaurantes e outros negócios em franchising. É por isso que, cada vez mais, pensamos que para comer bem em Lisboa, a melhor aposta é rumar a bairros com muito mais ambiente local, como Alvalade, Ajuda ou Benfica, entre outros. Por outro lado, se é verdade que existem restaurantes que nada têm a ver com as nossas queridas tascas nem em termos de abordagem comercial nem no que toca a comida, mas que ainda assim tentam vender-se como tascas ou tabernas apenas por uma questão de marketing, também é verdade que Lisboa vive uma nova vaga de tascas contemporâneas que estão a fazer sucesso.

As novas e modernas tascas lisboetas preparam pratos profundamente enraizados nas tradições portuguesas, mas fazem um excelente trabalho ao incorporar também influências estrangeiras, assim como toques de autor segundo os chefes de cada estabelecimento. Estas novas tabernas podem muito bem vir a ser o futuro das tascas portuguesas, servindo comida incrível com alma local, mas de uma forma que agrada não só aos clientes nacionais, mas também aos viajantes internacionais que visitam a nossa cidade e estão ansiosos por explorar as tradições gastronómicas portuguesas.

Estas são as melhores tabernas contemporâneas que recomendamos visitar em Lisboa:

O Velho Eurico

O Velho Eurico é uma das tabernas mais procuradas de Lisboa nos dias de hoje. Se estiver na cidade e quiser ir lá jantar de forma espontânea, desejamos-lhe boa sorte, porque a menos que haja um cancelamento de última hora, tem poucas probabilidades de vir a experimentar a comida portuguesa que aqui é lindamente confeccionada pelo chef Zé Paulo Rocha e a sua equipa.

Antes da geração mais nova assumir o cargo, O Velho Eurico era uma das tascas mais bem estabelecidas no típico bairro do Castelo. O antigo proprietário Eurico construiu uma clientela fiel, servindo pratos tradicionais da sua região natal de Portugal, a província do Minho, no norte, conhecida pelos seus pratos fartos, muitas vezes à base de carne de porco e bacalhau. Quando Eurico se aposentou em 2018, um jovem grupo de cozinheiros, relativamente recém-saídos da escola de culinária, assumiu o lugar. O objetivo era continuar a servir comida tradicional portuguesa, honrando a longa e rica história do estabelecimento, mas com um toque pessoal. Isto significa que a comida de agora n’O Velho Eurico está repleta de sabores típicos portugueses que qualquer local reconhecerá e apreciará, mas há uma técnica mais refinada na preparação dos pratos. Pense num simples bacalhau à Brás, por exemplo, um prato que consiste num refogado de bacalhau desfiado, batata palha frita, cebola e salsa, tendo como aglutinante o ovo batido. Quando o chef Zé Paulo Rocha está atrás do fogão, o equilíbrio entre todos estes ingredientes atinge proporções quase etéreas, juntando-se num dos mais ricos e, diga-se de passagem, melhores pratos de bacalhau de Lisboa. N’O Velho Eurico a tradição e a inovação juntam-se… por isso não deixe de fazer a sua reserva para poder provar do que estamos aqui a falar!

📍Largo São Cristóvão nº3, 1100-179 Lisboa

www.instagram.com/ovelhoeurico

Taberna da Rua das Flores

A Taberna da Rua das Flores é uma clássica taberna portuguesa na sua essência, mas a sua ementa vai certamente além do que se esperaria de uma típica tasca local. O chef André Magalhães (também conhecido como Mestre André) é um dos chefs mais criativos da nossa cidade, e está constantemente a criar novas combinações de sabores e texturas, para preencher o menu da Taberna da Rua das Flores em constante mudança, e que é manuscrito diariamente numa ardósia que o pessoal de sala leva à sua mesa para apresentar e explicar os pratos do dia.

A cozinha do chef André Magalhães mistura a tradição portuguesa com ingredientes e técnicas de outros países, nomeadamente de partes do mundo historicamente ligadas a Portugal, como as nossas ex-colónias. A multiplicidade de sabores interessantes e a fusão de elementos a que a Taberna da Rua das Flores nos habituou colocou certamente a fasquia bem alta. Felizmente, porém, continuam a surpreender-nos com pratos como okonomiyaki de caldo verde, coelho com pi-piri, assiette de peixes curados, entre outras receitas mais típicas da culinária portuguesa. A Taberna da Rua das Flores nunca desilude. Se muitas vezes há fila à porta não é só por questões de marketing, mas sim porque são uma das melhores tabernas modernas de Lisboa e servem pratos únicos que não encontrará em mais lado nenhum.

📍Rua das Flores 103, 1200-194 Lisboa

https://tberna.com

Taberna Albricoque

Chamem-na de taberna gourmet, apelidem-na de taberna contemporânea ou de taberna de autor. A Taberna Albricoque é um dos melhores lugares em Lisboa para comer comida moderna com alma de tasca, da região mais a sul de Portugal, o Algarve. A gastronomia do Algarve é mais conhecida pelos seus mariscos, já que a região se situa ao longo da costa sul do nosso país. Esta é a zona de Portugal onde, até hoje, ainda se sente mais a influência mourisca na cozinha portuguesa.

A Taberna Albricoque foi inaugurada pelo chef Bertílio Gomes, também conhecido do restaurante do Chapitô. No estabelecimento próprio, o chef começou a cozinhar inspirando-se nas suas raízes sulistas, algo que apreciamos muito, pois não há muitos restaurantes em Lisboa focados no Algarve, o que é uma pena porque a região tem uma comida muito boa. Mas como este é um restaurante contemporâneo, acabam por fazer as suas próprias versões dos clássicos. Aqui, o habitual pastel frito, conhecido em Portugal como rissol, é recheado com berbigões em vez da habitual carne picada ou bechamel de camarão, e a típica salada de cenouras marinadas conhecida como cenouras à algarvia é substituída aqui por uma conserva de cenouras roxas com azeitonas salgadas. Se quiser experimentar alguns pratos algarvios com o toque refinado do chef Bertílio Gomes, recomendamos a raia com alhada ou, se for mais apreciador de carnes, o frango com figos, amêndoas e espinafres.

📍Rua Caminhos de Ferro nº98, 1100-395 Lisboa

www.instagram.com/taberna.albricoque

Ofício Tasco Atípico 

Faz parte do próprio nome. O Ofício é um tasco atípico, que pode não ser propriamente convencional na sua abordagem à cozinha portuguesa, mas que consegue ainda assim apresentar os melhores sabores nacionais que os portugueses conhecem e adoram. A carta, desenvolvida pelo chef Hugo Candeias, aposta em pratos e petiscos portugueses reinventados, que incluem opções quentes e frias.

A abordagem da cozinha do Ofício é tradicional, mas o lado atípico vem de algumas influências internacionais que surgem naturalmente, já que Candeias já trabalhou no estrangeiro, lado a lado com chefs internacionais. Aqui servem-se pratos leves e frescos como a cavala com vinagrete de alface ou o tártaro de vaca com tutano, mas também codornizes com molho de escabeche e acelga, ou um rico arroz de forno à antiga, que é um dos pratos mais procurados.

Se visitar o Ofício, não se esqueça de guardar espaço para a sobremesa. Gostamos bastante da versão de bolo de bolacha, uma sobremesa típica portuguesa feita de bolacha Maria mergulhada em café e empilhada entre camadas de creme de manteiga, mas aqui também banhada em ganache de chocolate. Porque nas melhores tabernas modernas de Lisboa fazem isso mesmo: pegam no que já era bom… e tornam-no em algo ainda melhor!

📍Rua Nova da Trindade 11k, 1200-301 Lisboa

www.oficiolisboa.pt

Tasca Baldracca

Vizinha d’O Velho Eurico, a Tasca Baldracca é outra das queridinhas tabernas modernas lisboetas. Este lugar tem tudo a ver com boa comida, bom ambiente e muita bebida. E dizemos muita bebida, pois a sala da Baldracca é o tipo de lugar em que facilmente se fica sentado durante horas, conversando com os amigos, enquanto se percorre o menu de pequenos pratos pensados para partilhar.

A Tasca Baldracca foi fundada pelo chef Pedro Monteiro, também responsável pela cozinha da Fábrica da Musa e membro do coletivo NKOTB. Os New Kids On The Block, do qual também faz parte o chef Zé Paulo Rocha acima, estão a revolucionar o panorama gastronómico lisboeta! Estão a tomar conta de tabernas antigas ou simplesmente a abrir novos negócios em locais importantes da cidade, e honrando a culinária portuguesa enquanto simultaneamente também trabalham de acordo com os princípios da nova geração. Estes novos cozinheiros estão a mostrar como é possível fazer as coisas de modo diferente, mas sem virar as costas para o que tem vindo a ser feito há gerações e que, pensando bem, está na base do que eles próprios também fazem.

Quando for à Tasca Baldracca, é provável que tenha dificuldade em escolher o que pedir – pelo  menos é isso que acontece connosco! Sendo assim, a nossa sincera sugestão seria convidar um grupo de amigos para irem junto consigo, para que assim possam pedir o maior número de pratos possível.

📍Rua das Farinhas 1, 1100-177 Lisboa

www.instagram.com/tascabaldracca

Taberna Sal Grosso

A Taberna Sal Grosso foi uma das primeiras tascas modernas de Lisboa a fazer nome. Este restaurante faz parte desta nova onda de restaurantes lisboetas que cozinham comida portuguesa simples, mas executam-na, ousamos dizer, na perfeição.

Mesmo ao lado da estação de comboios de Santa Apolónia, a Taberna Sal Grosso é um espaço despretensioso, tal como deve ser uma boa tasca. É o tipo de sítio onde se vai para comer e beber bem, conviver com os amigos e, como acontece frequentemente, fazer novas amizades também, se não com os comensais, pelo menos com os funcionários extremamente simpáticos que fazem de tudo para que se sinta em casa.

O menu da Taberna Sal Grosso vai mudando de acordo com o que está disponível no mercado, e as especialidades são anunciadas numa ardósia pendurada na parede. Num determinado dia, dita ardósia pode anunciar iscas de pato, tutano ou línguas de bacalhau servidas sobre puré de ervilhas. É uma tasca, é como nos bons velhos tempos, e isto significa que o pão é servido com banha de porco com alho e não com manteiga ou azeite. Desejamos que a Taberna Sal Grosso se mantenha durante muito tempo, e que a sua espetacular mousse de chocolate com flor de sal e um fio de azeite permaneça na ementa durante todo esse tempo!

📍Calçada do Forte 22, 1100-256 Lisboa

www.instagram.com/tabernasalgrosso

Mestrias Tasca Nova

Quando visitamos o bairro lisboeta da Ajuda, gostamos de ir comer às Mestrias Tasca Nova. O próprio nome o diz claramente, esta é uma nova tasca, não porque tenham aberto recentemente, mas porque têm um espírito renovado no que toca à arte de cozinhar e saber receber.

A Mestrias tem tudo a ver com a nova vaga das tascas lisboetas: tem uma decoração de inspiração vintage, serve alguns clássicos da gastronomia portuguesa, mas também inclui na carta petiscos e pratos que nunca veria numa taberna da velha guarda. A Metrias Tasca Nova não é tão inventiva quanto alguns dos outros estabelecimentos dos quais falamos aqui hoje. Em vez disso, concentra-se em pratos típicos e petiscos mas com apenas algum toque diferente – o suficiente para diferenciar este restaurante de uma clássica tasca lisboeta. Pode contar com pratos populares como ovos mexidos com alheira ou farinheira, pica-pau ou cogumelos à Bulhão Pato. Nos pratos principais, o repertório inclui um excelente bacalhau à Brás, um irresistível leitão confitado e, para os apreciadores de sabores intensos e pratos mais encorpados, bochechas de porco estufadas em vinho tinto até ficarem super tenras, servidas com arroz de morcela. Já o dissemos e voltamos a repetir: quando estiver em Lisboa, vá à Ajuda! Verá e viverá um lado local da cidade que se está a tornar cada vez mais fugidio nas zonas mais centrais e que acreditamos valer a pena para entender o que é realmente o estilo de vida português na nossa capital.

📍Largo Paz 22B, 1300-450 Lisboa

www.instagram.com/novatascamestrias

Tasco Force

Já demos destaque ao Tasco Force quando escrevemos sobre os melhores restaurantes do bairro de Alvalade. A primeira grande coisa sobre o Tasco Force é o seu pátio acolhedor, que não daria para antecipar que lá estaria simplesmente ao passar pela porta principal que dá para uma movimentada rua. A segunda melhor coisa é, naturalmente, a comida portuguesa que preparam com mestria e servem com um sorriso simpático.

O proprietário Nuno Garuti é também responsável pela cozinha, onde são preparados petiscos variados e pratos principais, na sua maioria de base tradicional. Além de pratos assumidamente portugueses como o bacalhau ou a feijoada, servem também receitas de inspiração internacional como caril de lulas, muamba (o prato nacional de Angola) ou moussaka vegetariana. A maioria dos pratos principais do Tasco Force são de fato pequenas doses pensadas para partilhar, porque os petiscos são o que o restaurante faz de melhor. Falamos de bochechas de porco com coentrada, peixinhos da horta, gambas ao alho, filetes de polvo panados, ovos mexidos com farinheira de porco preto, meia desfeita de bacalhau e muito mais.

Achamos que o Tasco Force está no limbo entre uma tasca típica e uma taberna contemporânea, e gostamos bastante disso, pois sentimos que tem o melhor dos dois mundos e isso agrada ao público em geral. Este é certamente um ótimo local para uma reunião com um grupo de amigos alargado, pois tem o potencial de satisfazer a maioria dos paladares.

📍Rua Acácio de Paiva 5D, 1700-005 Lisboa

https://tascoforce.pt

Taberna do Mar

Num local com tão enraizadas tradições do mar, só poderia fazer sentido ter uma tasca moderna dedicada ao peixe, tal como a Taberna do Mar. Este restaurante no bairro da Graça cozinha comida de fusão portuguesa e japonesa, mas apesar de isto não parecer ter nada a ver com uma tasca, a verdade é que mesmo assim o restaurante dá alguns ares de taberna.

A carta tem apenas alguns pratos à base de carne, já que quase tudo na Taberna do Mar vem precisamente do mar, justificando bem o nome deste restaurante. A mistura de ingredientes portugueses com elementos asiáticos é bastante engenhosa e traduz-se em deliciosas combinações como o sashimi de salmonete fumado, a ostra com ananás dos Açores, o gunkan com lingueirão ou berbigão com molho à Bulhão Pato e o famoso nigiri de sardinha.

Devido à localização mesmo ao lado do miradouro da Graça, normalmente lotado, a Taberna do Mar costuma receber mais clientes internacionais do que locais. Mas não se deixe enganar por isso, porque ainda assim podemos considerá-la como sendo uma taberna portuguesa, onde pequenos pratos deliciosos chegam à sua mesa com toneladas de umami, mas também com muita alma nacional!

📍Calçada da Graça 20 B, 1100-266 Lisboa

www.instagram.com/atabernadomar

Pigmeu

O Pigmeu é um restaurante no bairro lisboeta de Campo de Ourique especializado em carne de porco. Provavelmente não há outro estabelecimento em Lisboa que faça um uso tão bom e criativo do porco, que é sem dúvida um dos ingredientes preferidos dos portugueses. Não só todos os pratos do Pigmeu contêm carne de porco de alguma forma, como também têm uma abordagem de baixo desperdício “from nose to tail” com a qual nos sentimos muito identificados. Nas palavras da própria gerência, o Pigmeu “pretende ser um espaço de transição para um consumo alimentar mais consciente e responsável”.

A ementa é composta por carne de porco alentejano, miudezas e legumes em proporções iguais. Considerações éticas à parte, achamos a comida verdadeiramente deliciosa e adoramos que o ambiente do Pigmeu seja mesmo o de uma tasca, ainda que um nadinha mais requintado – algo honestamente esperado considerando a sua localização num dos bairros mais chiques de Lisboa. Vá ao Pigmeu e experimente petiscos de porco à moda portuguesa como croquetes e pastéis de massa tenra, mas também pratos mais pesados, incluindo alguns na sua mais recente carta inspirada nas tradições gastronómicas da Bairrada, o destino mais notável de Portugal para comer leitão assado.

📍Rua 4 de Infantaria 68, 1350-274 Lisboa

www.pigmeu.pt

Restaurante Pica-Pau

Este restaurante, a não confundir com outro com o mesmo nome na Av. Elias Garcia ou ainda com a Petisqueira Pica-Pau, na Praça Paiva Couceiro, tem o nome do petisco típico português de pedacinhos de carne frita com molho, que se costuma comer com um palito.

Sendo uma taberna, embora bastante moderna, servem cozinha tradicional portuguesa, incluindo pratos de conforto como polvo à lagareiro, feijoada, açorda Alentejana, cabrito assado e muito mais. Para uma refeição a partilhar com os amigos enquanto se vai esvaziando uma boa garrafa de vinho, recomendamos que opte pelos petiscos, para que possa experimentar um pouco de “tudo”: pastéis de bacalhau, tábuas de queijos e charcutaria e, porque também seria uma heresia vir aqui e descuidar disso, não deixe de provar o pica-pau! A comida do Restaurante Pica-Pau mantém-se fiel às receitas originais portuguesas, mas o que o torna mais contemporâneo é o ambiente, a decoração e os empratamentos, que se destacam dos pratos portugueses de outrora, algo que resulta particularmente apelativo para aqueles que possam ainda não estar familiarizados com eles.

📍Rua da Escola Politécnica 27, 1200-244 Lisboa

www.restaurantepicapau.pt

Zezinho Disco Tasca

Associar a palavra “disco” a tasca certamente parece intrigante, mas esta tasca mais recente em Lisboa faz certamente questão de se diferenciar das restantes tascas contemporâneas da cidade, ao incluir no seu conceito um ambiente inspirado nos anos 70.

A decoração da Zezinho Disco Tasca é muito funky mas, surpreendentemente, mantém-se curiosamente portuguesa. Quem cresceu em Portugal poderá reparar em alguns elementos decorativos que nos podem facilmente remeter para as casas dos nossos avós ou mesmo a casa onde crescemos. Isso parece-nos bastante positivo, pois a boa comida costuma estar associada à nostalgia. O Zezinho gosta de servir cocktails, algo que não costuma acontecer nas tascas à moda antiga, mas também vinhos que selecionam criteriosamente, para não serem os típicos vinhos que facilmente se encontram noutros locais. A nível gastronómico, os pratos da Zezinho Disco Tasca incluem alguns dos clássicos do país. Têm petiscos mais pequenos como bolinhas de alheira, ou tempura de legumes variados, mas também receitas mais substanciosas como pratos de bacalhau, arroz de pato no forno, cabrito, e ainda uma opção para vegetarianos, de couve-coração grelhada com molho. Imperdível para quem quer provar comida típica portuguesa num ambiente único, colorido e muito divertido!

📍Rua da Esperança 25 1200-658 Lisboa

www.instagram.com/zezinho.discotasca

Tasca Pete 

Esta é a menos portuguesa de todas as tascas aqui mencionadas mas sentimos que a Tasca Pete, apesar de não ser só de comida local, faz um excelente trabalho a reinventar o espírito das tascas locais. Propriedade do londrino Peter Templeton, a Tasca Pete ocupa hoje o lugar do antigo café ​​​​​Nova Esperança no bairro da Penha de França. O espaço não mudou muito desde que Pete veio para cá, já que muita da decoração simples mantém-se, contribuindo assim para que este restaurante pareça uma verdadeira tasca com ambiente caseiro. Tanto que até o menu é escrito à mão numa toalha de papel afixada na parede, tal como acontece nas mais práticas tascas portuguesas. Ainda assim, a Tasca Pete pertence certamente à categoria das tabernas contemporâneas, não só pelo ambiente, mas também pelas iguarias que fazem parte da ementa.

A ementa da Tasca Pete inclui alguns pratos permanentes e outros rotativos que vão alimentando a criatividade da equipa da cozinha. Pense em receitas não tradicionais portuguesas, mas que fazem muito bom uso de alguns ingredientes locais: pargo com rabanetes, lasanha com cogumelos e queijo de cabra, ou frango frito com jalapeños e picles. Como sublinha Pete, trata-se de usar ingredientes bem comuns mas em misturas bastante inusitadas que, na nossa opinião, funcionam muito bem, e são deliciosas em combinação com a seleção de vinhos naturais do Pete, que inclui muitos rótulos portugueses, mas não exclusivamente marcas nacionais.

📍Rua Angelina Vidal 24A, 1170-113 Lisboa

www.instagram.com/tasca.pete

Se, tal como nós, tem vontade de devorar o panorama gastronómico de Lisboa, diga-nos através do Instagram se precisar de mais dicas – adoraríamos recebê-lo na nossa cidade, passear consigo pelos mais belos recantos e, como não podia deixar de ser, ir comer e beber algo juntos! Marque-nos: @tasteoflisboa  #tasteoflisboa

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