Os restaurantes e cafés mais antigos de Lisboa
Alguns dos lugares mais emblemáticos e antigos de Lisboa estão relacionados com a comida e bebida. Não há dúvida de que as pessoas da nossa cidade adoram sair para comer, beber e conviver com os amigos, e parece que tem sido assim há pelo menos alguns séculos. O mundo dos cafés de Lisboa e a cultura do café em geral estão intrinsecamente relacionados com o mundo artístico, por exemplo. Antigamente, os intelectuais reuniam-se em cafés para discutir as últimas ideias culturais e políticas, e foi nesta altura que o consumo de café começou a ser popularizado, no início do século XIX.
Imagem cortesia de Pastelaria Benard
Paralelamente, os restaurantes de Lisboa evoluíram a partir de simples tabernas que inicialmente serviam apenas bebidas. Eventualmente, com o tempo, os donos das tabernas sentiram que era uma boa oportunidade de negócio começar a servir comida, especialmente porque os clientes eram principalmente camponeses que vinham da chamada zona saloia para a cidade e que teriam de comer alguma coisa antes de fazer a viagem de volta para casa. Se inicialmente estas tascas tinham um prato fixo para servir num determinado dia, eventualmente a sua oferta foi alargada, até que os estabelecimentos evoluíram para o conceito de restaurantes completos com ementas que conhecemos hoje. É fascinante pensar como os locais e a forma como se conduzem os negócios mudaram ao longo do tempo, mas que, alguns deles, não só ainda estão abertos, como têm funcionado sem parar desde então!
Hoje prestamos homenagem a alguns dos cafés e restaurantes mais antigos de Lisboa. Não só servem comida que vale a pena explorar, como são estabelecimentos que de alguma forma contribuíram para a identidade da nossa cidade e certamente deixaram a sua marca no panorama gastronómico lisboeta.
Martinho da Arcada, 1782
A reputação mítica do Martinho da Arcada entre os restaurantes históricos de Lisboa advém tanto do seu estatuto de café mais antigo de Lisboa como da impressionante lista de artistas e intelectuais que fizeram dele o seu ponto de encontro preferido. Fundado em 1782 com o nome de Casa da Neve, comercializando gelo e bebidas, passou por muitos proprietários e iterações, até ser comprada em 1829 por Martinho Bartolomeu Rodrigues, que lhe deu o nome atual. Muitos dos grandes nomes da literatura, do teatro, do cinema e das artes plásticas portuguesas são homenageados nas paredes deste estabelecimento histórico. No entanto, o cliente mais famoso de Martinho da Arcada é indiscutivelmente o poeta Fernando Pessoa, que frequentava regularmente o café, onde se encontrava com outros intelectuais e escreveu algumas das suas obras, numa mesa que até hoje lhe está reservada, e onde estão expostos exemplares da sua obra, bem como alguns dos seus objetos pessoais.
Hoje em dia, visitar o Martinho da Arcada significa não só respirar a história de Lisboa, mas também desfrutar de muitas das suas ofertas clássicas, entre as quais o famoso bife à Martinho, um bife mergulhado num delicioso molho de café e natas.
📍Praça do Comércio 3, 1100-148 Lisboa
Imagem cortesia de Comércio com História
Restaurante Tavares, 1784
O Martinho da Arcada pode deter o título de café mais antigo de Lisboa, mas o Tavares não é apenas o restaurante mais antigo de Portugal, mas também o 10º restaurante mais antigo do mundo. Escritores famosos como Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós frequentaram este estabelecimento ao longo da sua história, e Eça chegou a utilizar o restaurante como cenário para um jantar fictício na sua maior obra, “Os Maias”. Famoso por apresentar ao paladar português iguarias estrangeiras, como o foie gras, continua a orgulhar-se da experiência de luxo que proporciona aos comensais. Cada uma das suas mesas é dedicada a um dos seus convidados famosos, desde o filantropo Calouste Gulbenkian, a nomes conhecidos como Hemingway, Jean Paul Gaultier e Madonna. Alguns dos pratos clássicos que fazem parte da história do Tavares são o linguado Meunière ou a perdiz à Convento de Alcântara. Atualmente encerrado para restauro, promete regressar revitalizado, mantendo o seu lugar de destaque como o espaço luxuoso de sempre.
📍Rua da Misericórdia 37 R/C, 1200-270 Lisboa
Imagem cortesia da Vogue
Confeitaria Nacional, 1829
A confeitaria mais antiga da cidade, consolidou ainda mais o seu estatuto lendário ao tornar-se fornecedora oficial da família real portuguesa, em 1873. Inspirada nas melhores pastelarias parisienses, manteve-se como uma das pastelarias mais queridas da cidade durante quase dois séculos, ainda nas mãos da família do seu fundador original, Balthazar Roiz Castanheiro. Em 1870, Baltazar Castanheiro Júnior, filho do fundador da Confeitaria Nacional, trouxe de Paris a receita do gâteau des rois francês, adaptando-a e transformando-a naquele que é hoje o mais famoso doce de Natal do país, o bolo rei. Apesar da sua presença por todo o país, é neste estabelecimento que se encontra o verdadeiro bolo rei, e nos feriados os clientes fazem fila para comprar a famosa iguaria, ainda quentinha, saída dos fornos desta verdadeira instituição lisboeta. Para além dos muitos doces e biscoitos tradicionais que oferece, vale a pena visitar esta confeitaria só pela sua elegante arquitetura e decoração. E se quiser algo mais substancial, a Confeitaria Nacional também serve menus de almoço na sala de jantar do piso superior, com opções que vão desde sopas e pratos tradicionais portugueses até pratos mais internacionais que agradam a qualquer paladar.
📍Praça da Figueira 18B, 1100-241 Lisboa
https://confeitarianacional.com
Imagem cortesia de Lojas Com História
Antiga Confeitaria de Belém (aka Pastéis de Belém), 1837
Talvez a pastelaria mais famosa do país, como comprovam as filas de clientes que se avistam no seu exterior a qualquer hora do dia, a Antiga Confeitaria de Belém tem como imagem de marca o icónico pastel de Belém. Originalmente desenvolvido pelos monges do Mosteiro dos Jerónimos, o famoso mosteiro que fica a poucos minutos da pastelaria, a receita destes deliciosos pastéis foi passada para esta loja por um dos habitantes do mosteiro. Até hoje é mantida em segredo, conhecida apenas pelo pasteleiro principal, que prepara os pastéis na Oficina do Segredo, uma sala secreta onde a magia que produz estes pastéis é protegida de olhares indiscretos. Gerações de lisboetas e turistas têm visitado esta verdadeira instituição, saboreando um pastel e uma bica, e levando para casa meia dúzia (ou mais) de pastéis de Belém para partilhar com família e amigos. Tradicionalmente polvilhados com canela e/ou açúcar em pó, e idealmente consumidos ainda quentes, estes pastéis são um símbolo por excelência da doçaria portuguesa, o original que gerou inúmeras cópias, pelo país e pelo mundo.
📍Rua de Belém 84 92, 1300-085 Lisboa
Imagem cortesia de Pastéis de Belém
Faz Frio, circa 1863
Embora ninguém saiba exatamente quando o Faz Frio foi inaugurado, este pilar da cena gastronómica da cidade é adorado pelos lisboetas e consegue unir uma atmosfera dos tempos antigos (com os seus charmosos cubículos revestidos de madeira e desenhos representando comerciantes e vendedores tradicionais de regiões históricas de Lisboa) com a sua própria versão de pratos clássicos portugueses. Vale a pena explorar o menu, que muda de acordo com o que está disponível sazonalmente. No entanto, o arroz naval, uma versão do arroz de marisco que foi trazido para o restaurante por um dos seus sócios na década de 70, continua a ser um favorito e ajudou a consolidar este restaurante como um lugar a não perder.
📍Rua Dom Pedro V 96, 1250-094 Lisboa
Imagem cortesia de Miguel Moreira Rato
Pastelaria Benard, 1868
Fundado pelo francês Élie Benard, este estabelecimento histórico chamava-se originalmente Padaria Franceza e trouxe para Lisboa os clássicos da pastelaria francesa e vienense, desde baguetes e brioche até “pãezinhos quentes à moda de Hamburgo”. Após a morte do fundador, um dos seus filhos, Casimiro Benard, transferiu a padaria para a Rua Garret, transformando-a na Patisserie Benard (mais tarde, Pastelaria Benard). Foi então que os agora lendários croissants foram produzidos pela primeira vez. Para além do pão e dos bolos, a Pastelaria Benard passou mais tarde a servir almoços e jantares, bem como refeições ligeiras como saladas ou quiches. Durante mais de um século foi vista como um ponto de encontro da Lisboa elegante, e entre os seus muitos convidados, a Rainha Isabel II, homenageada num jantar por ocasião da sua visita a Portugal em 1957, foi talvez a mais memorável.
Hoje, moradores e visitantes ainda podem ver e sentir a história deste clássico restaurante lisboeta e podem ainda saborear os deliciosos croissants que fazem as delícias dos lisboetas há muitas décadas.
📍Rua Garrett 104, 1200-205 Lisboa
Imagem cortesia de Pastelaria Benard
A Brasileira, 1905
Um café icónico situado no bairro histórico do Chiado, A Brasileira foi fundada por Adriano Telles, um ex-emigrante português no Brasil. Tendo casado com a filha de um dos maiores produtores de café da região de Minas Gerais, no Brasil, regressou a Portugal com o desejo de dar a conhecer esta bebida ao público português. Numa época em que o café era pouco apreciado em Portugal devido ao seu sabor amargo, Adriano Telles fundou A Brasileira. Nos seus primórdios, este local histórico chegou a oferecer café ao público gratuitamente, para que este comprovasse a qualidade do produto. Durante treze anos, os clientes puderam desfrutar de uma chávena de café gratuitamente, antes mesmo de a famosa “bica” se tornar um nome familiar. Dentro do sumptuoso café, reuniram-se os grandes nomes das artes e literatura da época e até os revolucionários que desempenharam um papel significativo no estabelecimento da república em 1910. Artistas de renome como Fernando Pessoa e Almada Negreiros também frequentavam o café, tornando-o num dos pólos do modernismo em Portugal.
A presença e ligação de Pessoa ao café ganhou uma nova importância quando, em 1988, uma estátua de bronze de Fernando Pessoa, esculpida por Lagoa Henriques, foi colocada na esplanada do café. O poeta encontra-se agora sentado a uma mesa, convidando os transeuntes a juntarem-se a ele, fazendo assim d’A Brasileira um dos lugares mais fotografados da capital.
📍Rua Garrett 122, 1200-205 Lisboa
Imagem cortesia de Lojas Com História
A Ginjinha, 1840
Se o pastel de Belém é o doce mais icónico de Lisboa, então a ginjinha é a sua versão líquida, igualmente doce e perigosamente fácil de beber. E este estabelecimento teve um grande papel na popularização desta bebida, tornando-a uma das preferidas de pessoas de todas as classes sociais. O espaço que hoje é sinónimo do consumo deste licor de cereja surgiu antes da bebida em si. Um imigrante galego abriu uma fábrica e loja de bebidas na Rua das Portas de Santo Antão, onde se produziam e vendiam vinhos e licores. Mas foi o seu filho, Francisco Espiñeira Couziño, quem iniciou a produção da Ginja Espinheira (também conhecida como Ginjinha Espinheira) e em 1910 mudou a loja para o Largo de São Domingos, onde ainda hoje se encontra. Hoje os clientes podem ser vistos fora da loja durante todo o dia. A falta de espaço no interior da loja faz com que alegres grupos se formem à frente da bebericando o licor que pode ser servido com ou sem cerejas, conforme a preferência do cliente.
A Ginjinha Espinheira pode ser adquirida em lojas de todo o mundo, ou mesmo através da loja online da empresa, mas a sua loja histórica no coração de Lisboa continua a ser o melhor local para saborear esta bebida.
📍Largo São Domingos 8, 1100-201 Lisboa
https://ginjinhaespinheira.com
Imagem cortesia de Lojas Com História
A Tendinha do Rossio, 1840
A taberna mais antiga de Lisboa sacia a sede de gerações de lisboetas desde 1840, mas faz mais do que servir vinho verde, ginjinha ou imperial a locais e turistas. No seu espaço excepcionalmente pequeno oferece petiscos baratos, rápidos e deliciosos como croquetes e outros salgados tradicionais, bem como sopas e clássicos verdadeiramente portugueses como sandes de presunto ou bacalhau frito.
Apesar de se ter tornado um dos espaços preferidos dos turistas que cá chegam para fazer uma pausa de subir as colinas de Lisboa, continua a ser, inegavelmente, uma taberna clássica, com o seu ambiente descontraído e uma decoração espartana mas encantadora.
📍Praça Dom Pedro IV 6, 1100-200 Lisboa
Imagem cortesia de Restos de Colecção
A Ginjinha Sem Rival (Eduardino), 1890
Fundada em 1890 por João Lourenço Cima, é ainda uma empresa familiar, operando na movimentada Rua das Portas de Santo Antão, coração do mundo teatral em Lisboa, junto a espaços como o Teatro Nacional Dona Maria II, o Politeama e o Coliseu de Lisboa. Estando tão próximo do mundo das artes performativas, não é de admirar que a história deste estabelecimento se tenha cruzado com o mundo boémio dos artistas. Embora a sua bebida mais vendida seja a popular ginjinha, é o Eduardino, um licor com a clássica ginja, mas com adição de anis e outros sabores que melhor sintetiza a história e o encanto deste local. Reza a lenda que Eduardino, um palhaço que atuava regularmente no Coliseu de Lisboa e era frequentador assíduo da Ginjinha Sem Rival, um dia decidiu misturar a ginjinha com outros licores, criando uma mistura de sabores que rapidamente se popularizou e mais tarde começou a ser engarrafada e vendida na loja. Eduardino ficou imortalizado no rótulo da garrafa deste licor, no seu traje de palhaço, e nasceu uma bebida clássica lisboeta. Ainda hoje se pode beber na loja ou comprá-la engarrafada. E nas lojas de Lisboa (como a Tendinha do Rossio) também é possível encontrar os licores da Ginjinha Sem Rival, uma pequena loja com uma grande história.
📍Rua das Portas de Santo Antão 7, 1150-264 Lisboa
www.facebook.com/GinjaSemRivaleEduardino
Imagem cortesia de Comércio com História
A Licorista, 1920
Outro estabelecimento famosamente frequentado pelo Poeta Fernando Pessoa, A Licorista foi fundada em 1920 pelos proprietários de uma empresa com o mesmo nome, que fabricava licores feitos a partir de frutas nacionais. Para além da decoração singular que faz referência à história deste restaurante tão tradicional, é a comida, tão clássica como acessível, que se destaca e faz dele uma aposta segura para um almoço ou jantar descontraído. Desde 1997 que ocupa também o espaço ao lado, “O Bacalhoeiro”, onde se vendia o bacalhau apreciado pelos portugueses. Tendo em conta esta ligação com o peixe mais querido do país, podemos afirmar com segurança que pedir um bacalhau à Minhota, ou bacalhau à Lagareiro será sempre uma boa ideia.
📍Rua dos Sapateiros 218, 1100-587 Lisboa
www.facebook.com/alicoristaobacalhoeiro
Imagem cortesia de Comércio com História
Pastelaria Versailles, 1922
Com decoração de inspiração Art Nouveau, fachada impressionante, grandes espelhos e empregados de mesa vestidos a rigor nos seus uniformes, a Pastelaria Versailles faz jus ao seu nome, inspirada no luxo do palácio francês que lhe deu o nome. O primeiro café propriamente dito da zona de Saldanha, tem sido um exemplo de requinte e elegância nesta zona da cidade, oferecendo café, pastéis e bolos irresistíveis (incluindo o seu famoso bolo de chocolate, muito famoso por toda a cidade), salgados e até refeições completas. Em 2017 abriu uma segunda loja em Belém, que também se caracteriza pela sua elegância, e o grupo Versailles abriu até uma geladaria também na zona de Saldanha, mas o clássico café da Avenida da República continua a ser o melhor local para experienciar o ambiente luxuoso desta verdadeira instituição lisboeta.
📍Av. da República 15 A, 1050-185 Lisboa
Imagem cortesia de Lojas Com História
As Velhas, 1925
Este restaurante, caracterizado pelo seu ambiente caloroso e acolhedor, com tetos baixos e detalhes em madeira escura, teve um início bastante humilde. Embora ninguém saiba exatamente quando o restaurante começou, podemos afirmar com segurança que é mais antigo que a data oficial, o que o torna um estabelecimento centenário. As “velhas” referenciadas no seu nome foram duas senhoras da região do Minho, que fundaram este restaurante, cozinhando e servindo refeições aos famintos lisboetas que apreciavam a deliciosa comida e as doses generosas do norte de Portugal. Comprado na década de 80 pelo famoso pugilista Manuel Gonçalves, o restaurante é hoje gerido pelo seu filho, e ainda tem um prato minhoto (bacalhau à Minhota) como uma das suas especialidades.
📍Rua da Conceição da Glória 21, 1250-079 Lisboa
www.instagram.com/asvelhaslisboa
Imagem cortesia de As Velhas
Café Nicola, 1927
Embora a sua atual encarnação como café remonte a 1929, as suas raízes são muito mais antigas. No século XVIII, um italiano de nome Nicola abriu o seu “Botequim do Nicola”, que teve como patrono mais famoso o poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage. Numa época de profunda turbulência social, o botequim tornou-se o centro do mundo literário e político da capital. A segunda encarnação do Nicola, agora como café, tem uma história menos dramática. Comprado por Joaquim Fonseca Albuquerque em 1929, e renovado seis anos depois, mantém até hoje o elegante e geométrico estilo Art Déco idealizado pelo arquiteto Raul Tojal. O Café Nicola está intrinsecamente ligado à história e ao hábito de beber café português, e o lote de café aqui criado acabou por se tornar um nome familiar, sendo hoje vendido em supermercados, bares e pastelarias por todo o país. Hoje em dia não é apenas o café que podemos saborear aqui: do pequeno almoço até ao fim do dia, os clientes têm no Nicola tudo o que poderiam precisar para matar a fome. E a especialidade da casa, o bife à Nicola, por si mesmo, poderia ser suficiente para justificar uma visita a este local histórico.
📍Praça Dom Pedro IV 24/25 1200-091 Lisboa
Imagem cortesia de Be Hotel Lisboa
A Ginjinha Popular, 1931
Apesar da sua localização na turística Rua de Santo Antão, rodeada de restaurantes destinados aos inúmeros visitantes que a capital recebe, A Ginjinha Popular continua a ser um local que desafia esta tendência, sendo um ponto de encontro de vizinhos e lisboetas que trabalham nas proximidades. Além de servir ginjinha (vende a marca “Ginjinha Sem Rival, da loja de mesmo nome que também fica na mesma rua) é conhecida e apreciada pelos petiscos rápidos como pataniscas e sandes de panado e filetes de peixe frito, geralmente servidos com cerveja gelada e uma vista para a movimentada rua, onde turistas e amantes do teatro e da música se cruzam. Este local clássico pode não ser o mais glamoroso, mas certamente não lhe falta caráter e autenticidade.
📍Rua das Portas de Santo Antão 65, 1150-265 Lisboa
Imagem cortesia de Lojas Com História
Gambrinus, 1936
Se parece que o Gambrinus não existe há tanto tempo, não é por este ser um estabelecimento novo… É principalmente porque os outros estabelecimentos aqui destacados são realmente bastante antigos!
Fundado em 1936, foi primeiro uma charcutaria, depois uma cervejaria, e só em 1964 se tornou o requintado restaurante que artistas e políticos frequentam até hoje, após a sua profunda remodelação, chefiada pelo arquiteto Maurício de Vasconcelos. A sua fachada esconde o seu interior elegante, de painéis de madeira, vitrais coloridos e elegantes cadeiras de cabedal. É famoso pelos seus pratos clássicos, mas relativamente raros em Portugal, como é o caso do Eisbein (joelho de porco) com chucrute. No entanto, é também famoso por elevar o humilde croquete [inserir link para novo artigo sobre iconic foods] a novos patamares saborosos, sempre servido com mostarda numa deliciosa harmonização, idealmente ao balcão, onde o ambiente é mais relaxado que à mesa. Mas seja a servir caviar ou um croquete, o que é garantido no Gambrinus é fazer-nos sentir parte da história da capital.
📍Rua das Portas de Santo Antão 25 1150-264 Lisboa
Imagem cortesia de Lojas Com História
O Policia, 1938
Este famoso restaurante lisboeta conseguiu cumprir o relativamente raro feito de ainda pertencer à família do antigo polícia que o fundou como uma humilde “casa de pasto” no início do século XX. É hoje gerido pelas netas do fundador e mantém o compromisso de servir a comida tradicional portuguesa que os seus clientes adoram. A decoração também é fortemente portuguesa, repleta de azulejos, recordações de família e fotografias de cenas tauromáquicas, que realçam a sua proximidade com a Praça de Touros do Campo Pequeno. Servindo alguns dos maiores clássicos da nossa gastronomia, como os seus choquinhos de coentrada ou as amêijoas à Bulhão Pato, tem também, de quarta a sábado, o mais tradicional dos pratos deste país: o cozido à Portuguesa. Se o sabor da tradição e da comida caseira é o que procura, então este é certamente o local a visitar.
📍Av. Conde Valbom 125, R. Marquês Sá da Bandeira 112A, 1050-150 Lisboa
https://restauranteopolicia.com
Imagem cortesia de Lojas Com História
A Panificação Mecânica, 1942
Situada no charmoso e ainda pouco descoberto bairro de Campo de Ourique, A Panificação Mecânica foi um dos espaços essenciais na criação da animada vida de bairro que caracteriza esta zona da cidade. A beleza do edifício onde está inserida, bem como o seu interior verdadeiramente encantador, competem com a variedade de pães, pastéis, biscoitos e doces que verdadeiramente fazem crescer água na boca, e se encontram à disposição dos clientes. Há uma excelente seleção de pastéis em miniatura, para quem tem dificuldade em decidir o que escolher, para além dos clássicos das pastelarias Lisboetas e outros bolos menos fáceis de encontrar. E se alguém precisar de algo mais substancial, há mais nesta loja do que apenas doces; ao almoço há sempre as sopas e os pratos do dia que vão dar conta da fome de qualquer cliente, e os salgados, como a deliciosa empada de frango, são perfeitos para comer entre as refeições, enquanto observa os vizinhos a entrar e a sair deste espaço encantador, e a vida deste bairro que vale a pena conhecer.
📍Rua Silva Carvalho 209, 1250-249 Lisboa
Imagem cortesia de Lojas Com História
Qual destes locais está mais ansioso por visitar quando vier a Lisboa? Quando cá vier, partilhe as suas fotos conosco via Instagram. Por favor, marque-nos: @tasteoflisboa.com #tasteoflisboa
Vamos adorar ver as fotografias, impressões, sugestões, dúvidas, manifestação de desejos das suas experiências gastroculturais em Lisboa e em Portugal. Partilhe connosco no Facebook, Instagram ou Twitter. Por favor tague-nos: @tasteoflisboa #tasteoflisboa.
Continue a alimentar a sua curiosidade pela cultura gastronómica portuguesa:
Como se decora uma mesa portuguesa?
O que é que os portugueses comem em casa?
Comidas e estabelecimentos icónicos que os lisboetas adoram
Pessoas genuínas, comida autêntica. Venha connosco onde os portugueses e lisboetas vão:
Reserve o seu lugar na nossa próxima experiência gastronómica & cultural.
Siga-nos para mais em Instagram, Twitter e Youtube