Restaurantes onde os lisboetas gostam de ir almoçar
Independentemente do ritmo acelerado dos dias de hoje, o almoço ainda é levado bastante a sério em Portugal. Normalmente, dependendo do emprego de cada um, temos cerca de uma hora para desfrutar da refeição do meio-dia. Por isso, ainda dá tempo para pegar no garfo e na faca, porque embora as sandes sejam um almoço comum noutros lugares, no nosso país ainda valorizamos uma refeição quente e acompanhá-la com um copo de vinho (mesmo que esteja a almoçar com o seu chefe) não é de todo mal visto.
Imagem de capa cortesia de Time Out Lisboa
Sair para almoçar em Lisboa representa uma oportunidade de desfrutar pratos caseiros que nem sempre estão disponíveis nos restaurantes à noite. Regra geral, é suposto o almoço ser acessível e consistir em comida com um toque caseiro.
Na Taste of Lisboa, reconhecemos que viver como um habitante local é um conceito um tanto ao quanto irrealista para os visitantes, mas não deixa de ser possível vivenciar experiências autênticas que possibilitam o contacto com quem nasceu e cresceu em Lisboa. Os nossos passeios têm precisamente o objetivo de preencher essa lacuna, e o mesmo se aplica a estas nossas recomendações já a seguir, esperando guiá-lo pelos almoços mais representativos de Lisboa.
Imagem cortesia de Time Out Lisboa
Cada tipo de estabelecimento em Lisboa, desde os restaurantes tradicionais e tascas até às pastelarias, oferecem experiências de refeição únicas. Nos restaurantes e tascas é onde encontrará os reconfortantes pratos do dia e menu do dia, que costumam resultar bem. Sem exagero, quando se tem uma semana de trabalho intensa ou pouco inspirada, o almoço pode ser o ponto alto do dia, por isso mais vale aproveitá-lo ao máximo. Surpreendentemente para quem não está habituado a este conceito, as pastelarias também funcionam como locais para almoços, oferecendo uma boa representação da gastronomia Portuguesa de conforto, muitas vezes incluindo pratos que não se veem facilmente nas ementas dos restaurantes, nomeadamente com receitas maravilhosas de comida de tacho de cariz caseiro.
Imagem cortesia de Evasões
Para aproveitar ao máximo as horas de almoço em Lisboa, especialmente durante a semana, existem alguns conceitos chave com os quais deve familiarizar-se: prato do dia, menu do dia e até mesmo mini prato (uma porção menor do prato do dia). Estas formas de estruturar as refeições permitem aos comensais saborear diversos pratos a um custo razoável. Estes pratos costumam refletir os melhores ingredientes da estação, tendo também em conta a variedade culinária das diversas regiões de Portugal.
O prato do dia e o menu do dia são pilares na cultura do almoço de Lisboa, sendo geralmente servidos durante as horas habituais das refeições em Portugal, aproximadamente entre as 12h e as 15h. Estes formatos proporcionam uma forma mais acessível para os locais desfrutarem de uma refeição substancial fora de casa. O prato do dia consiste normalmente num prato único que muda diariamente (com várias opções de peixe e carne disponíveis), oferecendo uma variedade de sabores ao longo da semana. Por outro lado, o menu do dia inclui frequentemente uma sopa, o prato principal, por vezes uma bebida e ocasionalmente sobremesa e até mesmo um café expresso. O menu é particularmente popular entre trabalhadores e estudantes que procuram uma refeição completa a um preço acessível. Alguns estabelecimentos oferecem até um mini-prato, uma versão mais pequena do prato do dia, adequada para aqueles que preferem uma refeição mais leve. Em estabelecimentos muito específicos, só se pode comer este mini-prato mais barato ao balcão. É literalmente fast food, mas mesmo assim, trata-se de comida de qualidade.
Imagem cortesia de Living in Iberia
Outro conceito importante a entender quando se come fora em Portugal é o couvert. Em resumo, o couvert refere-se às entradas que são colocadas na sua mesa mesmo que não as tenha pedido. Falamos de pão, azeitonas, manteiga, patês como o de sardinha e até queijos e enchidos, dependendo do estabelecimento. É importante lembrar que muitos menus do dia excluem o couvert ou, quanto muito, poderá incluir algum pão. Embora isto possa parecer um detalhe menor, isto reflete a ênfase em manter o almoço acessível e focado nos pratos principais. Se, por exemplo, o pão for colocado na sua mesa e não for especificado como parte do menu do dia, pode ter a certeza de que será adicionado à sua conta final.
Muitos estabelecimentos de Lisboa têm uma forma bastante característica de anunciar os pratos do almoço, muitas vezes rabiscados com giz num quadro ou mesmo nas paredes, ou escritos à mão em papel, o mesmo papel que por vezes é usado em substituição de toalhas de mesa de tecido em ambientes mais informais.
Imagem cortesia de Pastelaria Atlantida no TripAdvisor
Se durante a semana os locais gravitam em torno dos restaurantes que oferecem pratos do dia, saboreando receitas que definem a nossa comida caseira, aos fins de semana, particularmente ao domingo, o cenário muda, pois os Lisboetas dirigem-se a certos estabelecimentos, não necessariamente sofisticados, mas apreciados pela sua capacidade de acolher deliciosas reuniões de família. Estes locais, perfeitos para um almoço de fim de semana descontraído, tornam-se palcos para a boa gastronomia e o convívio familiar.
Seja nas tascas de bairro para almoços durante a semana ou nos restaurantes mais especiais onde as famílias se reúnem ao fim de semana para refeições memoráveis, destacamos os lugares que são fundamentais quando se fala da cultura gastronómica de Lisboa.
Os melhores restaurantes para almoçar como um lisboeta
A Floresta do Salitre
A Floresta do Salitre é a prova de que desfrutar de uma refeição substancial e acessível perto da cada vez mais elegante Avenida da Liberdade está longe de ser uma fantasia. À medida que a hora do almoço se aproxima, este estabelecimento sem grandes luxos transforma-se num centro de atividade frenética, com as mesas a encherem-se rapidamente de clientes ansiosos por saborear pratos da culinária tradicional portuguesa. O restaurante caracteriza-se pelo seu serviço amigável e à moda antiga, com sopas caseiras e pratos generosamente servidos. Aqui, pode desfrutar de pratos como bacalhau com grão, entremeada de leitão com batatas fritas caseiras às rodelas, arroz de garoupa ou bitoque, que estão entre as escolhas mais populares dos clientes habituais.
Além dos pratos principais, a montra de sobremesas da Floresta do Salitre não deve ser ignorada, prometendo um final doce para qualquer refeição. Este estabelecimento é um bom representante dos restaurantes lisboetas descomplicados que priorizam refeições caseiras honestas a preços razoáveis, atraindo uma multidão de trabalhadores locais para uma reconfortante pausa para o almoço, frequentemente acompanhada por uns belos copos de vinho tinto. Apesar da sua configuração simples e da ausência de frivolidades decorativas, embora as toalhas de mesa de linho branco impecável ainda sejam um dado adquirido, a oferta culinária da Floresta do Salitre é irrepreensível.
Dada a sua popularidade, especialmente durante as horas de almoço a meio da semana, venha preparado para juntar-se à fila de trabalhadores de escritório à espera da sua vez para conseguir uma mesa. No entanto, a espera é um pequeno preço a pagar pela promessa de dizer que fez uma belíssima refeição num dos locais de almoço preferidos de Lisboa, muito apreciado por aqueles que conhecem bem.
📍Rua do Salitre 42D, 1250-096 Lisboa
Imagem cortesia de Michele Riccardi no TripAdvisor
A Provinciana
Aberta desde 1988, A Provinciana é uma tasca gerida pelo Sr. Américo Fernandes, que assumiu o controlo após adquirir o restaurante aos seus fundadores galegos, que abriram as portas em 1930. O interior é peculiarmente adornado com cerca de 50 relógios, todos criados pelo próprio Américo.
Comer n’A Provinciana é uma experiência memorável não apenas por causa da sua decoração, também pelo ambiente acolhedor e serviço eficiente liderado pela filha de Américo, Carla, e, acima de tudo, pela maestria culinária da sua esposa, Judite, encarregada da cozinha. A ementa é uma homenagem diária à cozinha tradicional portuguesa, destacando pratos de conforto portugueses como caldo verde (uma das sopas mais icónicas de Portugal), galinha de cabidela, chanfana, cozido à portuguesa e tantos outros.
A rica história d’A Provinciana, aliada ao seu compromisso em confeccionar e servir o autêntico sabor das tradições culinárias de Portugal, faz dela um local único para aqueles que procuram uma experiência gastronómica legítima. Fecha aos domingos, mas durante a semana, verá como este restaurante simples, mas muito querido, é procurado pelos locais que sabem bem onde ir para desfrutar de comida da boa em Lisboa!
📍Tv. do Forno 23, 1150-193 Lisboa
www.facebook.com/RestauranteAProvinciana
Imagem cortesia de NIT
Pato Real
Os irmãos José e Carlos Amaral gerem o Pato Real, um legado herdado do pai, Agostinho. Há anos que prosperam, graças ao seu foco na cozinha tradicional portuguesa com doses generosas que atraem uma clientela diversificada, incluindo profissionais que trabalham nas proximidades e estudantes da Universidade Nova, mesmo em frente.
O menu de almoço diário do Pato Real inclui uma rotação de pratos clássicos portugueses, incluindo favoritos como bacalhau à Brás, carne de porco à alentejana, iscas de cebolada, cozido à portuguesa, leitão da Bairrada, pernil assado e pataniscas de bacalhau, entre outros. A comida é boa, mas o que realmente faz o Pato Real destacar-se é o orgulho dos irmãos Amaral em manter o preço e a qualidade estabelecidos pelo pai, assegurando um custo-benefício imbatível há já muitos anos!
As sobremesas no Pato Real também seguem os clássicos, com opções como arroz doce e leite creme. Se gosta de doces, saiba que os seus pastéis de nata são bem maiores que o habitual, por isso não é de admirar que estes icónicos bolos se tenham tornado um favorito entre os clientes. Portanto, quer venha aqui para um café e um doce, para um almoço a sério (ao contrário da maioria dos lugares, o menu do dia do Pato Real inclui couvert!) ou para uma cerveja depois do trabalho, verá que há sempre muita gente no Pato Real – e há boas razões para isso!
📍Av. de Berna 37, 1050-038 Lisboa
www.instagram.com/patorealrestaurante
Imagem cortesia de Mygon
A Tasca do Gordo
A Tasca do Gordo é um pitoresco restaurante fundado em 1982, já destacado no nosso Guia de Viagem da Ajuda e Restelo para os Amantes da Gastronomia, não só porque pessoalmente adoramos este lugar, mas também porque muitos residentes de Lisboa partilham deste sentimento!
N’ A Tasca do Gordo, pode contar com pratos genuinamente portugueses, servidos num ambiente acolhedor e despretensioso. Embora o menu não seja extenso, focam-se no que realmente importa. Entre os pratos imperdíveis estão a dobrada com feijão branco, o naco à Gordo (um pedaço de carne generoso preparado à moda da casa) e a espetada de carne de vaca, todos eles representando autênticos sabores locais.
A verdadeira joia d’A Tasca do Gordo é o seu terraço traseiro, um espaço airoso com várias árvores que se torna no parque infantil perfeito para as crianças, fazendo com este seja um local ideal para refeições em família, algo que acontece frequentemente por aqui aos fins de semana e especialmente nos meses mais quentes do ano. O interior está decorado com um tema vermelho e branco, evidente nos cachecóis e até nos azulejos que combinam com as cores das paredes, mostrando uma forte lealdade às preferências futebolísticas da casa (Benfica!), embora os cachecóis de outras equipas sugiram um certo sentido de fair play nos dias de jogo. Sendo assim, este não é apenas um ótimo local para almoçar, mas também para beber uma cerveja e petiscar enquanto assiste a um jogo de futebol na TV com outros moradores do bairro.
📍Rua dos Cordoeiros a Pedrouços 33, 1400-071 Lisboa
Imagem cortesia de Maria no FourSquare
Tasca Zé dos Cornos
A Tasca Zé dos Cornos, um pouco escondida numa pitoresca travessa entre a Rua da Madalena e o Martim Moniz, é um local muito estimado no coração de Lisboa há já vários anos. Esta tasca, gerida por uma família oriunda de Ponte de Lima, no Norte de Portugal, é conhecida pela sua cozinha tradicional portuguesa, hospitalidade calorosa e uma atmosfera caseira que une gerações e classes sociais.
O restaurante é conhecido pelo entrecosto de porco, ou seja, o piano, assim apelidado pela sua forma que lembra ao instrumento musical. Os comensais são encorajados a deixar-se levar pelo charme rústico das mesas comunitárias e bancos de madeira, enquanto desfrutam de doses generosas de especialidades como o tal entrecosto suculento, o bacalhau perfeitamente assado e a feijoada rica, disponível em dias específicos da semana. A comida na Tasca Zé dos Cornos costuma ser muito satisfatória, pelo que desejamos boa sorte e sugerimos que peçam um café com cheirinho, tal como fazem os clientes mais tradicionais, para aqueles que vêm aqui durante a pausa para o almoço e precisam voltar ao trabalho logo depois. No entanto, se estiver a viajar por Lisboa, uma refeição no Zé dos Cornos será perfeita para dar-lhe energia para explorar os bairros da Mouraria e do Castelo logo a seguir.
O Zé dos Cornos fecha ao domingo e à segunda, pelo que recomendamos aproveitar os dias úteis para lá ir almoçar, já que à noite também param de servir relativamente cedo (pelo menos para os padrões portugueses).
📍Beco Surradores 5, 1100-591 Lisboa
Imagem cortesia de Se a Inês Sabe Disto
Maçã Verde
A Maçã Verde, inicialmente lançada como Green Apple junto à movimentada estação de Santa Apolónia, marcou o seu início como um snack-bar apreciado pelas suas refeições rápidas, atendendo à vida acelerada dos seus clientes. Os proprietários, José Carlos da Tábua, uma cidade situada entre Viseu e Coimbra, e José Brandão da região nortenha do Minho, inicialmente focaram-se em oferecer tostas, hambúrgueres e sandes como pregos e bifanas, com alguns toques inovadores como um hambúrguer com puré de maçã verde.
Contudo, no final dos anos 90, a Maçã Verde sofreu uma evolução significativa, ao transformar-se num restaurante de pleno direito, a partir de então dedicado à cozinha tradicional portuguesa. Esta mudança foi também visualmente assinalada pela substituição do nome inglês pelo equivalente português, mantendo a essência através de decorações temáticas de maçã. A alteração visou atingir um público mais amplo, ultrapassando as refeições rápidas para incluir agora pratos mais típicos do repertório culinário português, como chanfana, um tradicional estufado de cabra ou cordeiro, polvo à lagareiro, bacalhau e secretos de porco preto. Apesar do menu expandido e da transição para refeições mais elaboradas, a Maçã Verde continua a ser um local procurado por um prato clássico português, o bitoque. Esta refeição simples, mas satisfatória, que consiste num bife com um ovo estrelado a cavalo, acompanhado por batatas fritas e um molho especial, continua a atrair clientes, quer estejam com pressa ou à procura de um sabor caseiro.
Se estiver perto da estação de Santa Apolónia e quiser almoçar como muitas pessoas que trabalham na área, guarde as maçãs para o lanche mais tarde e delicie-se com uma refeição quente e como deve de ser na Maçã Verde.
📍Rua Caminhos de Ferro 1100, 1100-486 Lisboa
www.facebook.com/p/Maçã-Verde-100070200601333
Imagem cortesia de Journal i
Recanto Serrano
O Recanto Serrano, situado num dos bairros antigos mais carismáticos de Lisboa, a Ajuda, irradia calor e familiaridade, tornando-se num local celebrado pela cozinha tradicional portuguesa com um toque especial da Beira Baixa.
Desde a sua abertura nos anos 80, a ementa do Recanto Serrano tem sido uma homenagem à cozinha serrana rústica. Entre as especialidades, destacam-se pratos que celebram o terreno agreste e os sabores robustos, como o arroz de carqueja à moda de Covilhã, um prato que realça a aromática e terapêutica giesta, nativa da paisagem portuguesa. O substancial cabrito assado e o arroz de cabrito encarnam os métodos de cozinha tradicionais transmitidos de geração em geração, enquanto o cozido à Portuguesa completa o menu com um aceno à identidade culinária nacional de Portugal. Para terminar a sua refeição com um doce sabor de boca, não deixe de experimentar o pudim da casa, uma sobremesa à base de abóbora, frutos secos e pão.
Apesar da sua localização meio escondida, sendo um tesouro que não fica nada entre os caminhos mais percorridos de Lisboa, o Recanto Serrano estabeleceu-se como destino para os locais que desejam desfrutar deste tipo de cozinha regional durante a semana, assim como para o almoço aos fins de semana. Embora dêem as boas-vindas a famílias para o almoço de domingo, note que estão fechados à hora do jantar.
📍Calçada da Ajuda 206, 1300-017 Lisboa
www.facebook.com/SerranoRecanto
Imagem cortesia de Expresso
Último Porto
O Último Porto, outrora um tesouro escondido e agora cada vez mais reconhecido, encontrou o seu nicho dentro dos históricos limites da Estação Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, oferecendo uma vista esplêndida sobre o Tejo juntamente com a sua gama de pratos tradicionais portugueses e delícias grelhadas no carvão. A sua reputação foi também realçada pela sua menção favorável no nosso Guia de Alcântara para os Amantes da Gastronomia.
Escondido entre contentores e gruas, O Último Porto domina a arte de grelhar peixe no carvão. Aqui, o peixe é tratado com o respeito que merece, realçado na grelha, oferecendo um banquete honesto de sabores frescos a preços justos numa cidade onde este tipo de experiências são cada vez mais uma raridade. Como se pode esperar, isto é algo que os residentes apreciam e muito – referimo-nos tanto à alta qualidade quanto ao bom preço.
O ambiente familiar, para o qual contribuem uma equipa dedicada e os habituais do local, envolve os clientes numa sensação de pertença e apreciação partilhada pela boa comida tradicional. Para aqueles que procuram o melhor d’O Último Porto, aconselhamos fazer uma reserva antecipada, especialmente aos sábados, para garantir a mais ampla seleção de peixe. Aos domingos estão fechados, mas durante a semana, vai partilhar o espaço com trabalhadores que aqui vêm para uma merecida pausa para o almoço, desfrutando não só do peixe mais fresco, mas também de um pouco do ar fresco que felizmente ainda se pode respirar por aqui.
📍Rua Gen. Gomes Araújo 1, 1350-352 Lisboa
www.instagram.com/ultimoportorestaurante
Imagem cortesia de Mapstr
Adega da Tia Matilde
A Adega da Tia Matilde é há muito celebrada pela sua cozinha tradicional portuguesa e pela sua associação com o lendário futebolista Eusébio, que ainda hoje tem uma mesa reservada neste restaurante, como uma espécie de homenagem ao desportista que muita alegria trouxe ao povo português.
No que toca à experiência gastronómica, o espaço da Tia Matilde destaca-se em geral, mas especialmente com pratos como pataniscas de bacalhau, cozido, filetes de garoupa, coelho à caçador, bacalhau à Isabel (um prato de bacalhau da casa) e feijoada à transmontana; bem como sobremesas como leite creme.
A Adega da Tia Matilde resistiu ao teste do tempo, mantendo a sua reputação ao longo dos anos por ser tradicional e da velha guarda tanto na comida quanto no serviço – e isso é um elogio do mais alto calibre em Lisboa, como confirmado pelo grande número de Lisboetas que aqui vêm comer. O restaurante fica cheio de vida com almoços de negócios, encontros familiares e fãs do Benfica, criando uma atmosfera única que mistura ambientes profissionais e familiares. O proprietário, filho da Tia Matilde, continua a garantir que o legado de hospitalidade e qualidade perdurem, dirigindo-se pessoalmente à mesa dos clientes sempre que possível.
📍Rua da Beneficência 77, 1600-017 Lisboa
Imagem cortesia de Time Out Lisboa
A Valenciana
A Valenciana, estabelecida em 1914, é um negócio de família com longa história em Lisboa. Abrangendo três gerações, começou com o padrinho de Homero Videira, antes de passar para as mãos do seu pai, Luís Videira, que se juntou como empregado e eventualmente ascendeu a sócio-gerente. Agora, aos 76 anos, Luís continua a servir às mesas, alegrando os clientes com nada mais nada menos do que um dos melhores frangos de churrasco de Lisboa.
A Valenciana tornou-se renomada pelos seus grelhados no carvão, sendo o seu frango de churrasco um favorito destacado. Situada em Campolide, uma localização privilegiada perto do Parque Eduardo VII, do Marquês de Pombal e das Amoreiras, A Valenciana tornou-se um local escolhido tanto para almoços e jantares de grupos de turismo e negócios, como também para festas e encontros. Além disso, o frango de churrasco é um daqueles pratos que a maioria das pessoas gosta, tornando-se uma escolha fácil quando se sai para jantar em grupo, seja com adultos ou crianças.
O restaurante tem uma sala de jantar principal, mas também várias salas acolhedoras disponíveis para celebrações de grupo. Além disso, A Valenciana serve frango no churrasco e refeições para levar, permitindo que os clientes desfrutem dos seus pratos favoritos em casa. Aberto diariamente até às 23h, com encerramentos apenas nas noites de 24, 25 de dezembro e 1 de janeiro, convida os clientes a saborear uma refeição deliciosa praticamente a qualquer hora que a vontade surja.
📍Rua Marquês de Fronteira 157 163A, 1070-294 Lisboa
Imagem cortesia de NIT
Restaurantes onde as famílias de Lisboa vão almoçar aos fins de semana
Solar dos Presuntos
O Solar dos Presuntos, situado perto do elevador da Lavra, no centro de Lisboa, é um emblema da cozinha tradicional portuguesa, tornando-se um local de eleição tanto para almoços executivos durante a semana como para reuniões familiares ao fim de semana. Conhecido pelo seu ambiente ligeiramente sofisticado, com pratos principais a rondar os 20/25 euros, atrai uma clientela que inclui executivos, algumas celebridades, e uma mistura harmoniosa de funcionários e habitués, todos reunidos num ambiente que irradia alegria.
Aberto desde 1974, ano da revolução Portuguesa que nos trouxe a democracia, o Solar dos Presuntos presta homenagem às ricas tradições gastronómicas do Minho, uma região conhecida pelas suas paisagens verdes e cozinha farta. A ementa do restaurante é um testemunho dessa herança, contando com especialidades como cabrito assado, polvo no forno e diversos pratos de bacalhau. Delícias sazonais, incluindo achados raros como sável ou lampreia, muito dizem desta dedicação da ementa da casa os sabores tradicionais.
O interior do restaurante está decorado com fotos e caricaturas de figuras notáveis que aqui jantaram, criando uma atmosfera historicamente acolhedora. A adição de uma garrafeira premium e uma nova esplanada após a renovação do Solar dos Presuntos, há alguns anos, é perfeita para relaxar e saborear as delícias deste restaurante de Lisboa. Sinceramente esperamos que o Solar dos Presuntos permaneça aberto por muitos anos, continuando a ser a instituição culinária tão querida que é e tem vindo a ser há já bastante tempo.
📍Rua das Portas de Santo Antão 150, 1150-269 Lisboa
Imagem cortesia de Evasões
Dom Feijão
O Dom Feijão, no bairro de Alvalade, é uma verdadeira referência da cozinha tradicional portuguesa, onde o saber culinário da região do Minho, mais especificamente de Paredes de Coura, se faz sentir em cada prato. Este restaurante orgulha-se da sua dedicação aos sabores autênticos, convidando os comensais para um espaço onde a satisfação é garantida. Conhecido pelas suas doses generosas, os clientes podem deliciar-se com uma variedade de pratos reconfortantes, desde uma rica massada de peixe (que pode não soar particularmente português à primeira vista, mas definitivamente é!) ao polvo à lagareiro generosamente servido, e uma seleção de carnes e peixes habilmente cozinhados. Como o próprio slogan indica, também se dedicam fortemente aos pratos grelhados, incluindo peixe fresco e carnes diversas.
Identificado como um destino familiar, o Dom Feijão é o local perfeito para refeições que atravessam gerações, de avós a netos, numa atmosfera calorosa e inclusiva. No entanto, devido à sua popularidade, especialmente aos fins de semana, é aconselhável fazer uma reserva para garantir um lugar neste estabelecimento tão apreciado.
O Dom Feijão destaca-se não apenas por fazer justiça a algumas das nossas melhores receitas tradicionais, mas também pelo ambiente especial criado por uma família dedicada à hospitalidade. O restaurante oferece uma experiência de qualidade que alguns poderiam argumentar que poderia rivalizar com estabelecimentos com estrela Michelin, graças à sua seleção de ingredientes premium e ao valor que proporciona para uma gama de orçamentos. Com uma reputação estelar, o Dom Feijão é um lugar onde a essência genuína da culinária portuguesa é celebrada. Certifique-se de visitar e desfrutar de um banquete memorável!
📍Largo Machado de Assis 7D, 1700-116 Lisboa
Imagem cortesia de Público
O Nobre
O Nobre é conhecido pela sua autêntica cozinha portuguesa com uma distinta influência Transmontana. Sob a orientação da emblemática chef Justa Nobre, este restaurante tornou-se um local adorado não só por servir um dos melhores cozidos à portuguesa em Lisboa, disponível todos os domingos em formato buffet, mas também pelo seu extenso menu que celebra a riqueza das tradições culinárias portuguesas ao longo da semana.
Além do popular cozido, o menu d’O Nobre é uma homenagem à cozinha farta e saborosa da região de Trás-os-Montes. Pratos como bacalhau assado no forno recheado com presunto, ou carré de cordeiro com cebolas caramelizadas em vinho do Porto, apenas para mencionar alguns, são todos eles preparados com um toque contemporâneo que sublinha o talento criativo da chef Nobre.
O ambiente acolhedor e convidativo d’O Nobre torna-o um local ideal para reuniões familiares aos fins de semana, bem como uma escolha preferida para almoços de negócios durante a semana. O restaurante atende a uma clientela diversificada, oferecendo um ambiente confortável onde tanto grupos pequenos quanto grandes podem desfrutar de uma refeição juntos. Seja um almoço de domingo prolongado com entes queridos ou uma refeição mais rápida durante a semana, a combinação de sabores tradicionais e serviço hospitaleiro d’O Nobre garante uma experiência gastronómica deliciosa para todos.
📍Av. Sacadura Cabral 53B, 1000-080 Lisboa
Imagem cortesia de Nuno P no TripAdvisor
A Casa do Bacalhau
A Casa do Bacalhau, situada no histórico Beato, oferece uma imersão profunda na tradição do bacalhau salgado em Portugal. Desde a sua abertura em 2000, este restaurante tornou-se um santuário para os aficionados por bacalhau, dedicando cerca de 90% do seu menu a pratos elaborados com este peixe curado tão apreciado no nosso país. Sob a liderança de João Bandeira desde 2011, A Casa do Bacalhau não só manteve a sua reputação, como também a aprimorou, conquistando o título de melhores pataniscas de Lisboa em 2017.
O compromisso de João com a qualidade é incomparável: ele viaja pessoalmente para a Islândia para supervisionar a seleção do bacalhau, garantindo que apenas o melhor peixe, pescado de forma sustentável, chegue à sua mesa. Esta dedicação estende-se à decoração do restaurante, com paredes adornadas com fotografias de pescadores de bacalhau, adicionando uma camada de autenticidade e respeito pelo peixe que tem sido o fiel amigo de Portugal através de séculos de história.
O menu d’A Casa do Bacalhau é um equilíbrio perfeito entre clássicos consagrados pelo tempo e pratos inovadores que evidenciam a versatilidade do bacalhau. Entre os favoritos encontramos o bacalhau com broa, bacalhau à Zé do Pipo (assado no forno com uma camada de maionese gratinada), bacalhau com natas e bacalhau à Brás, apenas para nomear alguns.
Para as famílias, em particular, a secção “Bacalhau para dividir” é um destaque, oferecendo pratos maiores e menos comuns, como moqueca de bacalhau e camarão, arroz com bacalhau e línguas de bacalhau, feijoada de sames, e mais. Se alguém no grupo não for realmente fã de bacalhau (coisa rara, mas acontece), há alguns outros pratos no menu, como bifes, polvo e massa.
📍Rua do Grilo 54, 1900-706 Lisboa
Imagem cortesia de Bacalhau Fest
O Mercado
O Mercado, tal como o nome indica, é um restaurante literalmente localizado dentro do Mercado Rosa Agulhas, no bairro de Alcântara. Apesar do seu tamanho expansivo, O Mercado mantém uma atmosfera acolhedora e familiar, frequentemente preenchida por locais que contribuem para o seu ambiente convidativo. O restaurante permanece fiel às raízes das tradições culinárias portuguesas, oferecendo uma ementa que se foca na qualidade e preparação de cada prato. A montra de peixe fresco e carnes à entrada convida os comensais a escolher entre as melhores apostas do dia, garantindo que cada refeição é feita a partir dos ingredientes mais frescos.
A ênfase aqui é, sem dúvida, nos frutos do mar, com uma forte recomendação para perguntar aos funcionários pelo peixe mais fresco do dia para grelhar. No entanto, são os pratos habilmente preparados na cozinha que realmente se destacam, desde o rico arroz de marisco ao suculento arroz de garoupa com camarões ou lingueirão. Não se deve ignorar os acompanhamentos, como o excecional arroz de feijão, que elevam ainda ais os pratos principais. Favoritos tradicionais como bacalhau e polvo à lagareiro, bem como a cataplana, mostram o saber-fazer do restaurante que justifica um preço talvez um pouco acima de outros restaurantes com pratos semelhantes na zona. O Mercado serve sobremesas caseiras que permanecem fiéis às receitas tradicionais e conventuais, proporcionando um final doce para a sua refeição.
Este é um local delicioso para famílias e amigos se reunirem em torno de porções generosas de cozinha portuguesa bem preparada. Se ficar demasiado cheio quando vier aqui comer, saiba que está muito perto da frente ribeirinha, ideal para um passeio pós-almoço de domingo!
📍Rua Leão de Oliveira 19, 1300-350 Lisboa
https://restauranteomercado.pt
Imagem cortesia de O Mercado
Adega das Gravatas
O nome Adega das Gravatas alude ao costume peculiar, mas engraçado, onde os clientes com gravatas, podem optar por contribuir para a vasta coleção de gravatas do restaurante, exibidas por todo o lado, deixando-se ficar apenas de camisa se desejarem participar desta tradição. Esta prática não só contribuiu para a identidade do restaurante, mas também construiu um laço com a clientela ao longo dos anos.
Conhecido por servir cozinha portuguesa autêntica, e especialmente pelos seus pratos grelhados, a Adega das Gravatas orgulha-se das suas doses generosas. Pratos emblemáticos como bife na pedra, um substancial bife pensado para partilhar, polvo, porco preto e açorda de camarão destacam-se, tornando-o um local favorito tanto para refeições mais demoradas quanto rápidas. Este estabelecimento convidativo é uma visita obrigatória para aqueles que procuram desfrutar de porções generosas de pratos portugueses tradicionais num ambiente tão memorável pela sua atmosfera quanto pela sua comida.
📍Tv. Pregoeiro 15, 1600-588 Lisboa
Imagem cortesia de Olga Govorko no TripAdvisor
Laurentina
A Laurentina, carinhosamente conhecida como o rei do bacalhau, ostenta uma rica história que entrelaça as tradições culinárias de Portugal com algumas influências moçambicanas. Fundada em 1976 por António Francisco Pereira, que anteriormente havia estabelecido um negócio de restaurante bem-sucedido em Lourenço Marques (agora Maputo), em Moçambique, a Laurentina encontrou a sua atual casa em Lisboa em 1987. Esta transição marcou a continuação de um legado que começou nas movimentadas ruas do Alto Maé, cimentando o estatuto da Laurentina como um ponto de encontro prezado por aqueles que retornaram de Moçambique após a independência. O nome do restaurante, inspirado numa marca popular de cerveja em Moçambique antes de 1975, reflete a sua profunda conexão com a cultura moçambicana e a história partilhada entre os dois países.
A dedicação ao bacalhau é evidente não apenas na ementa, mas também na decoração e nos elementos temáticos que adornam o restaurante, deixando claro que aqui, o bacalhau é o rei absoluto. A especialidade da Laurentina, a couvada de bacalhau, oriunda da região da Beira Baixa, reflete as origens do fundador, e é servida em tradicionais potes de barro. No entanto, o menu destaca uma extensa variedade de receitas de bacalhau, demonstrando a versatilidade deste tão apreciado peixe salgado. Dos ricos sabores do bacalhau especial, bacalhau com natas, às pataniscas de bacalhau e bacalhau à Brás, cada prato é um testemunho da perícia culinária que a Laurentina traz à mesa quando o bacalhau é o ingrediente principal.
Com capacidade para acomodar cerca de 200 clientes, a Laurentina é o local ideal para refeições em grupo, proporcionando uma atmosfera acolhedora e convidativa. A localização do restaurante é também bastante prática, sendo acessível através das estações de metro do Saldanha e São Sebastião. Aberta todos os dias, a Laurentina convida os comensais a provar o melhor da cozinha tradicional portuguesa, com foco no rei da cozinha: o bacalhau.
📍Av. Conde Valbom 71A, 1050-067 Lisboa
Imagem cortesia de Taste Atlas
Solar dos Nunes
O Solar dos Nunes, que abriu as portas no que outrora foi uma antiga mercearia e casa de vinhos, emergiu como uma referência da cozinha tradicional portuguesa desde a sua fundação em 1988 por José Nunes e a sua esposa Ana Luísa Nunes. Inicialmente, Ana Luísa assumiu o leme da cozinha, estabelecendo as bases para a qualidade pela qual o restaurante é hoje conhecido. Hoje, a tocha foi passada para os seus filhos, José António (carinhosamente conhecido como “Zé Tó”) e Susana Nunes.
O Solar dos Nunes ganhou reconhecimento generalizado, evidenciado pelos inúmeros prémios e artigos de imprensa que adornam as suas paredes. Este restaurante familiar não só mantém a essência de uma casa de comida tradicional portuguesa, mas também serve como uma montra para os sabores Alentejanos, oferecendo uma boa seleção de enchidos portugueses. A ementa é uma celebração da cozinha regional, com pratos de destaque como a sopa rica de peixe, preparada num pote de pedra, a açorda com bacalhau e o caldo de cação, ecoando o calor de um jantar de família onde os participantes são tratados com genuína hospitalidade.
O Solar dos Nunes tem uma reputação sólida por oferecer uma experiência de refeição portuguesa em estilo familiar, uma que as famílias gourmet podem desfrutar durante o fim de semana, mas que também está disponível para todos os tipos de refeições durante a semana.
📍Rua dos Lusíadas 68, 1300-366 Lisboa
Imagem cortesia de FLASH!
Zé da Mouraria
O Zé da Mouraria é celebrado pelos seus pratos de bacalhau simples, acessíveis e absolutamente deliciosos. Escondido na Mouraria, um dos bairros mais tipicamente lisboetas, este estabelecimento tem uma atmosfera casual e acolhedora que atrai tanto locais quanto turistas em busca de sabores genuinamente portugueses, no meio de tantos outros restaurantes mais orientados para turistas.
No Zé da Mouraria, o menu destaca-se pela ênfase na cozinha tradicional portuguesa, especialmente notável pelos seus bifes, peixe grelhado e pratos únicos como iscas à portuguesa ou espadarte grelhado com camarão. Um dos grandes destaques do menu é o bacalhau cozido servido em porções generosas com grão e batata a murro generosamente regados com azeite, um prato tão substancial (aqui fotografado) que desafia a capacidade da própria travessa onde é servido. Após o bacalhau, é típico deliciar-se com bifes tenros bem temperados com alho, perfeitamente complementados por batatas fritas excepcionais, para assim completar a refeição.
O estabelecimento incentiva ir comer em grupo para poder explorar totalmente o menu, dadas as grandes dimensões das doses. Frequentemente com filas à porta, este restaurante expandiu a sua presença e agora tem cinco localizações. Os clientes de longa data do Zé da Mouraria sabem que é essencial reservar um lugar com antecedência ou chegar sem pressa, abraçando a espera inevitável com a promessa de um serviço eficiente e a recompensa de uma excelente refeição uma vez sentados. O interior do restaurante, com a sua modesta entrada que leva a duas salas lotadas e sem janelas conectadas apenas pela cozinha, coloca o foco diretamente na comida: ingredientes de alta qualidade, habilmente temperados, servidos num ambiente sem grandes pretensões.
Virgílio, o proprietário, já abriu outros locais. Contudo, os clientes habituais do Zé da Mouraria insistem que o restaurante original é o que mantém a alma da experiência, tornando-o uma paragem indispensável para quem deseja provar uma dose deliciosa (e bem maior do que a média) de cultura gastronómica lisboeta.
📍Rua João do Outeiro 24, 1100-292 Lisboa
www.instagram.com/ze_da_mouraria
Imagem cortesia de Time Out Lisboa
Casa do Alentejo
A Casa do Alentejo, situada no histórico Palácio Alverca, é um monumento à riqueza cultural e ao grandioso esplendor arquitetónico de Lisboa. Originalmente erguido no século XVII como residência da família Paes de Amaral e dos Viscondes de Alverca, este edifício viu o passar do tempo, servindo vários propósitos: desde o primeiro casino de Lisboa até um clube social para a comunidade alentejana em 1932, adquirindo assim o seu nome atual.
Apesar da sua evolução, o interior do palácio permanece um testemunho impressionante do seu passado. Vale a pena visitar apenas pela arquitetura, mesmo que não se acabe por comer aqui. O restaurante da Casa do Alentejo, localizado no segundo andar, ocupa duas salas, uma apresentando painéis de azulejos de Jorge Colaço e a outra adornada com azulejos do próprio palácio do século XVII. Além disso, o rés-do-chão alberga o Espaço Alentejo, com acesso direto da rua, e a Taberna da Casa do Alentejo no pátio do primeiro andar, onde turistas e locais podem desfrutar da música tradicional alentejana juntamente com migas, queijos regionais, tostas e vários petiscos e pratos do dia.
O restaurante principal no andar de cima é um local maravilhoso e único, ideal para um encontro de família ou almoço de grupo, saboreando-se algumas das receitas mais representativas do Alentejo, incluindo, mas não se limitando a, bacalhau frito com migas de grão, porco preto grelhado, e sobremesas como sericaia (um pudim de ovos e canela servido com ameixa de Elvas, que fica no Alentejo), toucinho-do-céu (um bolo feito de amêndoas moídas, ovos e banha, daí o seu nome), pudim de ovos e mais.
📍Rua das Portas de Santo Antão 58, 1150-268 Lisboa
https://casadoalentejo.pt/restaurante
Imagem cortesia de USA Today
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